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quarta-feira, 5 de janeiro de 2022

 Incompreendida,

é assim que me sinto por todos os caminhos que sigo; Nada parece me pertencer e talvez a vida seja isso mesmo, o nosso não pertencimento de nada, de ninguém, mas eu queria, sabe? Queria ter a sensação de que existe alguma coisa e em algum lugar que vai me dar a emoção de sentir-se pertencente. 

A parte engraçada da história é que eu jovem batia no peito "almas selvagens correm por entre as estrelas", era o ditado, talvez titulo de algum livro que li pelo decorrer da minha vida pacata antissocial. A meta era essa, correr, e agora eu corro. Corro contra o tempo, eu nem sequer sei que tempo é esse que acho ter, e a cada passo levo essa angústia. 

Queria me conhecer, mas não sei o que sou. Constantes mudanças de atitude me deixam rodando e rodando, apesar de saber muito bem quem sou, as pessoas me colocam em duvida, talvez o personagem que inventei seja quem eu realmente sou. Talvez, quem eu seja, exista apenas na minha mente conturbada. Se ao menos sentisse fazer parte de algo, tranquilizaria esta mente inquieta a qual me conduz a seguir esta linha cruzada entre a busca por raízes vs saber que ar não se fixa.

Um desejo sádico de morrer, sem a morte. De ter um botão que me desligasse igual desligo o notebook. Um botão que simplesmente fizesse toda a minha existência desaparecer, sem deixar rastros.
Sim, eu existi em alguma parte da vida, e agora não existo mais!
Não sei se to explicando direito, sou péssima em dizer o que sinto, mas seria algo bem perto disso. De um surto coletivo da minha existência *BUM* sumi!

CBSantos

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